31 de março de 2015
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhstVli1RT-LhoGknf4VEjSpFN-CrPamUgsFPhoEdbanUhNBRG7cHeu1dxGxxbXHGpt8DDr7S_f2dmyAXGwTcQaUnHTWoY-N7jvGeXgxgYDllkHcRN5HKIWpZxdZgv2bGodFXZ2oyQxG10l/s1600/10752647_10152821912578041_442973356_o.jpg)
Registrar imagens na praia da Galheta tornou-se um dos programas favoritos na produção de conteúdo para o documentário A Pedra e o Farol.
Na chegada, o surfista logo é cativado pelo lineup clássico: o horizonte aberto da longa baía de dunas que se estende até a ilhota na praia do Ipuã, combinado à beleza dos tons azuis que caracterizam a água nos dias claros de vento sul, que entra de terral no costão esquerdo, emoldurada por extensas dunas de areia em movimento.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIAD7CZtzBktbpeurNcCl_9pQ4hrKVAUzopVETlzVqlIOoXtZpaZbEFZ8t8Ec4sJw7BAjC4fz7mU0h1vYZpfRX_WMRpRGAQ7RVwNm7R6ixcT91cY3i4vh1g3qG4kqY9Nhn6OTNu-hV11Hn/s1600/11069363_10152821915298041_1575177425_o.jpg)
Pessoalmente, o pico me transporta a um universo de lembranças que traduzem para mim a aventura de se buscar uma interação solitária com a natureza através das ondas. A descoberta mágica da essência do surf, ou coisa que o valha! Capturar este sentimento em imagens é um desafio que talvez não seja possível alcançar plenamente, mas isso não me inibe de retornar à Galheta sempre que possível para tentar registrar esta essência escondida.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh09bCZ9UAmGTy1z6jpIv6kjP6l3CRIsazFAmzrjwdgbpjQ7D-cd74l15bs8cjMqhhz6D-tx22FZEMSma7xdvK3F18dsydTBjttu9O22ioa6VVQ-Ne2AVPCFp5D8Qozu0yWD7XZUOGGqwzP/s1600/11097284_10152821908793041_23782553_o.jpg)
E foi assim que na primeira semana de outono, embora o desejado vento sul não estivesse soprando que encontrei a famosa onda do Balcão da Galheta funcionando com alguma condição de surf, especialmente para os longboarders, como os locais Lucas Búrigo e Alex José, que dividiam o pico naquela manhã, enquanto uma turma de pranchinha buscava ondas mais cavadas no quebra-coco no meio da praia.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmQY2PWJS-w8Uyyz5plFfh-MhzJOy3xLcM4sBAf2i-_GzN2fatwGxy26OGMojfkUdgj-QBlLlUVq0STHlGYDs1Kkv5wYBe_n_H6bwTrLRSPdohCsjR393cREi8oXlcpyLFhFZljr3FXRm0/s1600/11087308_10152821911118041_1869230307_o.jpg)
O Balcão é uma espécie de plataforma natural de pesca, uma planice de pedra que se revela ao longo da trilha pelo costão rochoso, de onde pode-se ter uma visão privilegiada do pico. Nos dias grandes, uma poderosa onda se forma neste ponto e as espumas castigam as pedras gerando um forte estrondo.
Por estar bem afastada da costa, nos dias realmente bons a direita do Balcão oferece ao surfista um longo e suave passeio até a praia, com a prancha rabiscando o grande mar azul em desenhos sobre a a água salgada.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVvspBE00M9LdmdXl2y3CeWzaCDXaRvog5q8ZknWjDkdT_rHGXRbrIN46rs5_iD0EIJBiIieQxKOJpqdRn3vhyJOcrh4FPvxYbONfKyxLWBa0-k5_hJuM8tY6kwHAYIOXIp-xkQBNiHmze/s1600/11087090_10152821911198041_750096094_o.jpg)
Uma perspectiva de integração e contemplação, que vista a partir do costão, se estende ao longe até as montanhas, mostrando em cores vivas a dimensão diminuta do homem/surfista em relação à natureza que o cerca. E nestas constantes lições sobre a nossa insignificância perante as forças da natureza é que talvez resida a cativante magia do surf, aquela urgência que nos faz querer voltar sempre para o mar e nele se fundir.
Nenhum comentário:
Postar um comentário