22 de maio de 2017
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Conheci o filmmaker português Nuno Miguel em 2012, trabalhando atrás do balcão de uma surf shop na Costa da Caparica, seu pico local nos arredores de Lisboa. "Este é o gajo que aparece nos teasers do festival", assim me apresentou a Nuno na ocasião o amigo Ricardo Gonçalves, idealizador do festival SAL (Surf At Lisbon) e meu anfitrião em Portugal.
Desde então, venho acompanhando com curiosidade e satisfação a entrada e a evolução de Nuno no mundo audiovisual, com a criação da Joyfaktor, onde passou a filmar e editar diversos conteúdos de surf, firmando-se como um dos mais talentosos e dedicados divulgadores do imenso potencial de surf da costa portuguesa. Hoje, aos 27 anos, diante das dificuldades em viver somente da produção de filmes de surf, Nuno vem diversificando a sua atuação, produzindo também vídeos de casamento, moda e outros esportes, mas sem nunca abandonar a veia salgada.
Em meio a uma maratona de diárias de gravação de clipes musicais, Nuno concedeu a seguinte entrevista ao Surf & Cult:
1 - Como se iniciou a tua relação como surf e com as produções audiovisuais? O que mais te motiva nesse universo?
Já faço surf desde os meus 12 anos, mas até aos 15 anos a minha mãe só me deixava ir ao fim-de-semana quando ela ia para a praia no verão. Em 2012 fui convidado para aparecer nos teasers do SAL (Surf at Lisbon Film Fest), nunca tinha tido experiências com o mundo video, apesar de adorar ver filmes de surf a toda a hora!
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Desde aí o bichinho mordeu a sério e comprei a minha primeira câmera dslr (uma miséria! haha) e comecei a filmar uns amigos por diversão. A diversão tornou-se um hobbie a sério, e o hobbie a sério com a idade a aumentar tornou-se o meu trabalho 365 dias por ano basicamente. Motiva-me trabalhar com pessoas alegres e sem egos, motiva-me trabalhar com pessoas que temos como ídolos ou por exemplo no mundo do surf os nossos surfistas favoritos.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8Gad3Y34AoRTg6_hEr7OftVgIGLfJrTzPtdlhda0GKgcmrsroLXBEthyphenhyphen32VIur35oTasGnwYAmtq3o1EVR0cWWPFSsgcTrR0Rwzw4aiVAcQmKZd3NumH-KcoUJG9K76mw0D9GH1hB7D_4/s640/16991027_10154612230424635_1834446167_o.jpg)
2 - Fale um pouco sobre a criação da JoyFaktor e os teus trabalhos autorias e colaborativos dentro e fora do surf.
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Desde aí o bichinho mordeu a sério e comprei a minha primeira câmera dslr (uma miséria! haha) e comecei a filmar uns amigos por diversão. A diversão tornou-se um hobbie a sério, e o hobbie a sério com a idade a aumentar tornou-se o meu trabalho 365 dias por ano basicamente. Motiva-me trabalhar com pessoas alegres e sem egos, motiva-me trabalhar com pessoas que temos como ídolos ou por exemplo no mundo do surf os nossos surfistas favoritos.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8Gad3Y34AoRTg6_hEr7OftVgIGLfJrTzPtdlhda0GKgcmrsroLXBEthyphenhyphen32VIur35oTasGnwYAmtq3o1EVR0cWWPFSsgcTrR0Rwzw4aiVAcQmKZd3NumH-KcoUJG9K76mw0D9GH1hB7D_4/s640/16991027_10154612230424635_1834446167_o.jpg)
2 - Fale um pouco sobre a criação da JoyFaktor e os teus trabalhos autorias e colaborativos dentro e fora do surf.
A JoyFaktor começou no final de 2012, como referi antes como um hobbie que hoje em dia é o meu trabalho 365 dias por ano. Não quis dar um nome comun/básico como Nuno Miguel Video ou coisa do gênero e então ficou a JoyFaktor, talvez porque é um trabalho que me dá imenso prazer (Joy) fazer.
Quanto a trabalhos e colaborações tive o prazer de trabalhar duas vezes com o fotografo Tom Carey e dois grupos de surfistas (em anos diferentes) que são dos meus favoritos.
Ultimamente tenho desligado um pouco do mundo do surf, infelizmente em Portugal a indústria é fraca para se puder viver de filmar surfistas e tenho feito outros tipos de trabalhos, bem diferentes do surf e um pouco longe da areia e da água salgada.
3 - Como enxergas a evolução do surf e das produções audiovisuais ligadas ao tema em Portugal nos últimos anos? Nesse contexto, como comparas a cena portuguesa com o que vem de fora?
Quanto a trabalhos e colaborações tive o prazer de trabalhar duas vezes com o fotografo Tom Carey e dois grupos de surfistas (em anos diferentes) que são dos meus favoritos.
Ultimamente tenho desligado um pouco do mundo do surf, infelizmente em Portugal a indústria é fraca para se puder viver de filmar surfistas e tenho feito outros tipos de trabalhos, bem diferentes do surf e um pouco longe da areia e da água salgada.
3 - Como enxergas a evolução do surf e das produções audiovisuais ligadas ao tema em Portugal nos últimos anos? Nesse contexto, como comparas a cena portuguesa com o que vem de fora?
Sinceramente? Fraca! Em Portugal há ondas incríveis, cenários lindos e um clima de invejar muitos outros países, temos uma arquitetura brutal e uma luz matinal "linda de morrer", pena que ninguém aproveite o bonito que o nosso Portugal é e não saiam da caixa. Demasiado "surfporn" e as produções que vão saindo as vezes nem 5 minutos de video têm e demoraram 1 ano ou mais a serem feitas.
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4 - Quais as tuas maiores inspirações e referências no surf e nas artes?
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4 - Quais as tuas maiores inspirações e referências no surf e nas artes?
Surf nacional, talvez o Frederico Morais, power surf no seu melhor e claro, o nosso representante no world tour, apesar que não gosto de competição no surf. Surf internacional, Jay Davies, tem sempre altos videos e um surf power e progressivo ao mesmo tempo.
Artes, hum... dificil... Nacional talvez o Gustavo Imigrante, gosto bastante da visão dele! Internacional, sem dúvida Kai Neville mas tenho mais, Mike Pagan, Ty Evans, Sam Moody (com quem já filmei também) e há mais, claro.
5 - Se te oferecessem uma verba ilimitada para produzir algum projeto ligado ao surf e às artes o que você faria?
Txiiiiiiiiiiiiiii... 1 ano para cada país, 2 surfistas ou 3 apenas, muita cultura, muita arquitetura, muitas ondas, climas tropicais e não só e claro... banda sonora de bandas de cada país em que filmasse, o mais importante para mim, boa musica!
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Além de filmar dentro e fora d`água, Nuno agora também faz aéreas |
Crédito das imagens: acervo pessoal Nuno Miguel
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