30 de setembro de 2025
A internet me recordou que hoje faz um ano desse evento Bodysurfing World Tour Floripa 2024. Como este blog é destinado a publicar conteúdos relacionados ao surf e eu não me envolvi mais com o tema tinha esquecido de registrar a minha participação como competidor do evento nesse dia repleto de emoções.
Praticar bodysurf, surfar de peito ou pegar jacaré são nomes para a mesma atividade, que pra mim representa a essência máxima do surf: pegar onda com a impulsão do próprio corpo. Esta prática, básica e minimalista sempre me trouxe grande alegria. Mesmo gordo e velho, sempre me sinto leve e jovem ao ser carregado por uma onda com a impulsão inicial do meu próprio corpo. É como voltar a ser criança e brincar com o mar, numa conexão pura e essencial.
Quando meu primo Lucas, que vem praticando há anos o bodysurf, me convidou para participar do evento eu hesitei, pois eu me sentia completamente fora de forma e há muito anos não usava um pé de pato. Além disso, parecia ser um evento sério e importante, e não queria investir dinheiro na inscrição para entrar na água e pagar mico.
Mas faltavam duas semanas pro evento e eu resolvi aceitar o desafio como um incentivo a começar a entrar em forma novamente. Uma lesão na lombar e no quadril vinha me tirando de dentro d 'água, pois interferia diretamente no movimento de ficar em pé na prancha. Assim, minha frequencia de surf foi reduzida há nadar um pouco no mar uma ou duas vezes por semana.
Assim, num belo domingo de sol eu cheguei cedo com meu primo na praia da Joaquina para curtir um dia diferente, na minha primeira competição de bodysurf. O mar tinha séries sólidas de 1,5 metros, fehcando um pouco, com vento terral virando pra nordeste ao longo do dia.
O resumo geral do evento foi de muita diversão, boas ondas e boas doses de indignação com os muitos erros de julgamento que afetaram boa parte das baterias. Com a disputa valendo vagas para o Mundial da categoria na Austrália e competidores de várias partes do Brasil e da América do Sul - incluindo uma simpática delegação uniformizada do Perú - foi realmente lamentável constatar o amadorismo da organização e do quadro de juízes, que fizeram diversas lambanças inaceitáveis, como simplesmente não computar notas para diversas ondas surfadas. Tudo registrado em vídeo para comprovar.
Entrei na categoria master e participei de duas baterias, vencendo a semifinal e terminando em terceiro numa final que foi marcada pela absurda falha na organização que nos deixou perdidos no mar sem saber qua a bateria havia começado até faltarem apenas cinco minutos para o fim. Chegou a ser engraçado de tão ridículo! Senti minha veia competitiva aflorar na saída da bateria buscando tirar satisfação sobre o ocorrido junto ao palanque. Só não fui superado por meu colega de bateria uruguaio, que sequer ficou para a premiação tamanho descontentamento com o ocorrido.
Acalmado os ânimos, fica o registro da camaradagem entre os competidores e as lembranças das muitas risadas entre os amigos de Jaguaruna (Lucas e Ugo) na torcida durante as baterias. Desde então, meu primo me presenteou com os pés de pato que havia me emprestado e eu tenho curtido bastante surfar de bodysurf com certa frequencia, especialmente quando sei que o mar não está favorável para o surf. O minimalismo de não precisar levar a prancha e conseguir curtir qualquer condição de mar, contribuí ainda mais para me dedicar cada vez mais ao bodysurf, que é sempre diversão garantida.
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