14 de maio de 2011
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O que fazem os surfistas profissionais nos dias de folga do evento no Rio? Não precisa ser nenhum paparazzi para responder a esta fácil pergunta: o mesmo que fazem todos os turistas gringos endinheirados que vem em excursão por estas bandas.
A verdade é que uma cidade grande e com fama de violenta como o Rio a primeira vista assusta qualquer estrangeiro. Isto somado ao conforto das instalações e do clima de total camaradagem entre os atletas explica a tendência deles em permanecerem nas dependências do hotel o máximo possível. Prova disso, foi a reunião de mais de uma dúzia dos atletas no fim de tarde de quinta-feira na piscina no hotel, onde nomes como Jordy Smith, Julian Wilson, Owen Wright, Bede Durbidge e tantos outros matavam o tempo batendo papo e lançando uma bolinha de frescobol um no outro. Enquanto isso, o nosso herói local Jadson André era o que mais chamava a atenção nas marolinhas mexidas em frente ao palanque de competição.
Na sexta, no saguão do luxuoso hotel Sheraton onde a maioria está hospedada, a tropa masculina e feminina de jovens australianos e norte-americanos circulava sempre em grupo, esperando pela van que iria levá-los a algum programa turístico tradicional, que pode ser uma visita ao Corcovado, uma ida a uma churrascaria, ou uma ação social em alguma favela, como Mick Fanning e Taj Burrow fizeram no Cantagalo logo que chegaram, ou os irmãos Hobgood que estiveram ontem visitando a Rocinha – aliás, a maior favela da América Latina já virou há muito tempo o cartão postal celebrado nos pacotes das agências de viagem na tal estética da pobreza, onde o turista encontra na visita às comunidades carentes uma exótica experiência real da cidade, que não existe em sua terra natal.
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Ao cair da noite, os mesmos Hobgoods já estavam reunidos com os colegas do tour curtindo o show de blues no bar do hotel, enquanto Joel Parkinson, Taj Burrow e demais atletas da Billabong embarcavam para uma tradicional sessão de autografos na loja da marca em um shopping-center. Com a previsão confirmada de day-off no sábado, os mais animados ainda puderam embarcar noite adentro em alguma das muitas “festas oficiais”do tour, sem peso na consciência e sem hora pra acordar.
Na manhã deste sábado o aglomero de gente atrás de uma casquinha dos tops aumentou consideravelmente e Jordy Smith e Mick Fanning puderam sentir o gostinho amargo da fama, comentando em seu twitter o fato de não poderem checar as condições de surf sem ter que passar por uma bateria de assinatura de autografos e posar para dezenas de fotos. E assim segue a dura vida dos surfistas da elite profissional.
Créditos: Taj Burrow e equipe Billabong no Cantagalo (divulgação / Jordy entrada do hotel, via twitter Jordy Smith
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